Mark Hamill comenta <I>The Black Pearl</I>, filme baseado em sua HQ
Mark Hamill comenta <I>The Black Pearl</I>, filme baseado em sua HQ
Em
entrevista ao ShadowChroniclesNews, Mark Hamill comenta um de
seus projetos no cinema, a adaptação de The Black Pearl, HQ que
ele escreveu com Eric Johnson.
Trata-se de uma epopéia que vai longe. Publicada como série limitada em 1997 pela Dark Horse, a história - sobre um homem problemático que decide virar vigilante mas acaba transformado pela mídia no herói fantasiado da vez - já havia sido roteirizada por Hamill naquele mesmo ano, mas todo investidor que toca no projeto, por razões várias, acaba desistindo de filmá-lo. Agora, aparentemente, o eterno Luke Skywalker - desacostumado a trabalhar em qualquer projeto de cinema que não seja dublagem - ficou um tanto estupefato depois que jorrou dinheiro no filme.
O que aconteceu foi que tudo estava meio estacionado num ponto, daí alguém veio e investiu na companhia e nos deu um monte de dinheiro para seguirmos em frente. O que foi terrível. Não é por essa razão que estou nesse negócio, não é prioridade fazer dinheiro. Minha prioridade é me expressar e ser criativo e criar um bom material, por isso foi uma notícia devastadora.
Ele continua: Mas o que acontece é que parece haver uma espécie de interesse renovado em The Black Pearl devido ao sucesso de todos esses filmes baseados em quadrinhos. O paradoxo é que se trata de um filme anti-HQ. Fala da razão pela qual não pode existir um Batman na realidade. Colocar uma fantasia e bancar o vingador, no mundo real é motivo para ser preso.
Então isso é bem traiçoeiro, porque de certo modo eles querem um filme de gibi, mas nós não queremos que se transforme em uma extravagância de efeitos especiais. Hoje está no formato que eu realmente gosto, no qual há um estudo do personagem, de alguém que aos poucos se desmascara e que toma essa decisão que praticamente arruina a sua vida. Está mais no campo de Fargo e Um dia de cão do que de um Homem-Aranha, Super-Homem ou Batman, esclarece.
Hamill informa que existirão reuniões nas próximas semanas, mas não diz com quem. O que eu estou aguardando, e já tive oportunidades para vender o filme, é que eu consiga dirigi-lo. Simplesmente porque cheguei até aqui e realmente acredito que assistirei com grande senso de satisfação a idéia sair do germe até o filme acabado, e não quero desistir. Tem que tomar a rota de um filme independente. Será arruinado se for superproduzido. Quer dizer, não podemos superar Jerry Bruckheimer no que se trata de perseguições de helicóptero ou explosões e carros virando. E o filme não é sobre isso, afinal.