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Crítica

Mansão Mal-Assombrada | Crítica

<i>Mansão mal-assombrada</i>

15.01.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H15

Mansão mal-assombrada
The haunted mansion

EUA, 2003
Comédia
- 99 min.

Direção: Rob Minkoff
Roteiro: David Berenbaum

Elenco: Eddie Murphy, Terence Stamp, Nathaniel Parker, Marsha Thomason, Jennifer Tilly, Wallace Shawn, Dina Spybey, Marc John Jefferies, Aree Davis, Jim Doughan

Com o lançamento de Piratas do Caribe: A maldição do Pérola negra, de Gore Verbinski, muita gente correu o risco de andar na prancha, pois a idéia de adaptar para o cinema um brinquedo de parque de diversões parecia fadada ao fracasso. As centenas de milhões de dólares e inúmeras críticas positivas arrecadadas pelo filme provaram o contrário. Chega agora aos cinemas Mansão mal-assombrada (Haunted Mansion), que também tem como inspiração uma atração dos parques de diversão onde moram Mickey, Pateta e Pato Donald.

Porém, nem mesmo o excelente trabalho do diretor Rob Minkoff (de O Rei Leão) exorciza esta assombração. O roteiro apresenta situações sem graça para uma comédia e não bota medo nem no Goober (aquele cachorro medroso que fica invisível). Até piadas repetidas foram utilizadas. Quem viu Harry Potter e a câmara secreta, por exemplo, vai se lembrar da cena em que Ron pergunta a Harry "podemos entrar em pânico agora?" e que aparece até mesmo no trailer do filme.

A contratação do comediante Eddie Murphy, que recentemente conseguiu seu primeiro sucesso em muitos anos, com A Creche do papai, foi a aposta dos Estúdios Disney para atrair o público. Mas a verdade é que hoje Murphy é um fantasma daquele comediante que brilhou no Saturday Night Life e conseguiu fazer sucesso no cinema, em filmes como 48 horas e Um tira da Pesada. Seu único trabalho atual que realmente chama atenção é a participação em Shrek, no papel do burro tagarela.

Mas então o que sobra de bom? Toda a ambientação, o visual impecável, os efeitos especiais (o baile dos fantasmas é tão impressionante quanto o que pode ser visto na atração da Disney) e as ótimas passagens de uma cena para outra. São elas que garantem um bom ritmo, pois a cada abrir e fechar de portas, o espectador é levado a um novo cômodo da gigantesca mansão assombrada por 999 fantasmas que esperam o momento de ver uma maldição quebrada para poderem descansar em paz. Toda esta história é contada nos créditos iniciais, que mostra um belo baile de máscaras, a morte da mulher amada e o suicídio do dono do casarão, que ficou fechado até que Jim Evers (Murphy), um agente imobiliário workaholic, e sua família foram até lá.

Em suma, Mansão mal-assombrada é um filme bem feito. E isso é tão elogioso quanto dizer que uma menina é "boazinha".

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