A novela do filme sobre o USS Indianapolis continua nas salas de reunião da Universal Pictures. Desde 1998 o estúdio tenta realizar o filme baseado nas histórias da Segunda Guerra.
O caso é interessante. Em 30 de julho de 1945, no final do conflito, depois de entregar os componentes da bomba atômica que atingiu Hiroshima, o navio foi atingido por torpedos de um submarino japonês nas Filipinas. Centenas de tripulantes afundaram com o Indianapolis, mas cerca de 900 homens ficaram à deriva nas águas infestadas de tubarões. Cinco dias depois, quando o resgate finalmente chegou, só restavam 316. Considerado culpado pela tragédia, o capitão do navio, Charles McVay III, foi julgado pela corte marcial e condenado. Ele cometeu suicídio em 1968.
Mais 26 anos se passaram até que um garoto de 12 anos chamado Hunter Scott decidiu escrever um trabalho de escolha sobre a tragédia e saiu em busca dos sobreviventes. Dedicado, o garoto conseguiu reunir provas suficientes para inocentar o capitão McVay da tragédia, deixando claro que a marinha americana ocultou fatos na época e poderia ter evitado a tragédia. Scott também conseguiu que todo o processo contra o capitão fosse apagado dos arquivos e que ele e sua tripulação recebessem menções honrosas do presidente.
A adaptação dessa história ao cinema já recebeu o nome de U.S.S. Indianapolis e The Good Sailor - e agora está sem um nome definido. A Universal decidiu, nos últimos dias, abrir mão do roteiro de Brent Hanley (A mão do diabo) e contratar Robert Nelson Jacobs (Chegadas e partidas) para reescrever o script. Esta nova versão criará uma relação fictícia entre Scott e um dos idosos sobreviventes do naufrágio.
J.J. Abrams, o criador das telesséries Alias e Felicity, continua sendo o diretor. Originalmente ele pegaria o projeto assim que acabasse de rodar Missão: Impossível 3. Agora, com o novo roteiro, é difícil dizer se este será seu próximo filme.