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EXCLUSIVO: Visita ao set de Superman - O retorno na Austrália - Parte 2

EXCLUSIVO: Visita ao set de Superman - O retorno na Austrália - Parte 2

22.06.2006, às 00H00.
Atualizada em 08.03.2017, ÀS 04H07

O polêmico uniforme

O logo com sua textura de S

O clássico figurino do filme

Bryan Singer aparece

O segundo dia da visita australiana aos sets de Superman - O retorno começou tarde. Como as filmagens da noite anterior avançaram madrugada adentro (leia aqui), a equipe tirou a manhã para descansar. Assim, nosso primeiro compromisso começava apenas às 15 horas.

Com tempo de sobra (dormir pra quê?), fui fazer turismo pela bela Sydney e o pessoal da Warner Bros. me recomendou que visse a praia de Bondai, que fica uns 20 minutos afastada do centro. Enquanto isso, os colegas jornalistas que estavam por lá aproveitaram a folga para uma turnê nerd. Foram visitar locais que aparecem em Matrix e outros que serviram como locações do próprio Superman. Confesso que fiquei com vontade de acompanhá-los, mas não me arrependo. A recomendação do simpático pessoal de imprensa da WB provou-se imperdível pela beleza natural.

Figurino

De volta ao hotel, rumamos novamente ao Fox Studios Australia. Nosso primeiro destino por lá: o aguardado departamento de figurinos, onde fomos recepcionados pela figurinista Louise Mingenbach (Os suspeitos, Starsky & Hutch) e o supervisor Dan Bronson (Matrix, Homens de preto). A enorme sala que eles ocupam estava repleta de cabideiros, todos completamente lotados de roupas e acessórios com enormes etiquetas de identificação. No entanto, as atenções estavam voltadas exclusivamente a um manequim perto da porta, coberto com um pano preto. Como o véu misterioso não chegava até o chão, dava pra ver as pontas de um certo par de botas vermelhas... será que eles nos mostrariam o tão falado e polêmico novo uniforme do Super-Homem?

A resposta à pergunta não demorou. Assim que começou a falar a respeito do uniforme, Louise mostrou algumas artes conceituais e logo removeu o pano. Em segundos todos estávamos cutucando o manequim e observando bem de perto a roupa que Brandon Routh usou no filme. Uma delas, na verdade, já que Louise disse que foram produzidas algumas dezenas, uma vez que cada rasgo necessário para a filmagem exigia um conjunto diferente.

Quando a empolgação inicial dos presentes passou, consegui me aproximar e, como diria o Seinfeld em um dos episódios da série, consegui sentir o material. De cara, notei que há pequenos músculos falsos em alguns pontos como os bíceps, triceps e peitorais. A figurinista explicou que eles foram necessários não para aumentar a massa de Routh, mas para ajudar a defini-la, já que o tecido elástico não fica totalmente grudado ao corpo e faz com que a silhueta pareça menor do que realmente é.

O tecido azul é formado por uma trama. São duas camadas de pano texturizado finíssimo e forte que funcionam juntas. Uma bem fechada, outra mais aberta e transparente. Já a capa impressiona pelo peso. Não é uma fazenda leve, esvoaçante. Ela tem uma camada de acabamento emborrachado que dá o visual cartunesco que precisa para funcionar bem. Seu movimento nas filmagens é em parte causado pelo vento, em parte por animadores que seguram as pontas e a fazem esvoaçar como nos quadrinhos. As cores da capa também são interessantes. Sim, cores, no plural, porque ela começa naquele tom entre o vinho e o marrom nas bordas e transforma-se em um vermelho mais vivo no centro, criando uma perspectiva interessante.

Já os detalhes aplicados sobre os tecidos - logotipo e cinto - são bem mais rígidos. São uma liga de plástico e borracha moldada e colada sobre o uniforme. Foi curioso notar que há pequeninos S nessas peças, imperceptíveis nas fotos e clipes do filme.

Pra completar, Louise e Dan nos mostraram as botas do super-herói e alguém fez piada sobre a habilidade de Martha Kent, a mãe do Homem de Aço, como costureira. O calçado era relativamente comum, apesar do formato estiloso, mas um detalhe na sola causou espanto. Há três logotipos do Super-Homem dispostos nela, algo que nem deve aparecer no filme, mas muito bacana de se ver.

Quase ao fim da visita, fui puxado de lado por Louise, que viu meu crachá e me perguntou se eu era mesmo brasileiro. Descobri então que quando era adolescente ela morou por muito tempo em São Paulo e estudou num colégio a poucos quarteirões da minha casa, o que iniciou um papo bastante agradável sobre o país e as positivas impressões dela sobre nós.

No cinema com Bryan Singer

Com a visita ao departamento de figurino concluída, fomos ao prédio principal do estúdio, onde uma surpresa nos esperava. Na noite anterior, Bryan Singer descobriu que a grande maioria de nós não tinha visto a montagem especial do filme que ele exibiu na Comic-Con 2005 (nessa época, nem mesmo o teaser trailer havia sido lançado). Pois o cineasta resolveu mudar essa nossa pobre situação. Agendou a sala de projeção do estúdio - pequena, mas extremamente confortável e equipada com som THX e um projetor high-tech (ei, essa é a mesma sala onde o Sr. Lucas analisava os copiões da nova trilogia de Star Wars) - para uma exibição do vídeo.

Mas essa experiência toda já contamos aqui. O que não contamos é que o diretor, ao final da projeção, virou-se na cadeira (ele estava na primeira fileira) e iniciou uma longa entrevista informal.

Mas esse bate-papo e os demais realizados nesse dia - Brandon Routh, Kate Bosworth e Parker Posey - você lerá em um próximo artigo do Especial Super-Homem do Omelete.

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