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Crítica

Crítica: Juntos Pelo Acaso

Comédia romântica começa dramática, mas termina igual a todas as outras

14.10.2010, às 21H17.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H09

A ordem natural das coisas é conhecer uma pessoa, se apaixonar, casar e ter filhos. Menos nas comédias românticas deste ano. Coincidentemente, no mesmo ano em que tivemos Plano B, também recebemos Juntos Pelo Acaso (Life As We Know It, 2010). Se no primeiro a solteirona Zoe (Jennifer Lopez), com medo de ficar para titia, resolve ser mãe solteira segundos antes de cruzar seu príncipe encantado, vemos agora o caso de uma igualmente bem sucedida empresária, Holly (Katherine Heigl), ganhando uma filha sem ter alguém ao seu lado.

O cenário, porém é bastante diferente. Já na primeira cena somos apresentados a Holly e Messer (Josh Duhamel). "Vítimas" de um encontro arranjado por um casal de amigos em comum, os dois se desentendem logo que se conhecem. Seria um caso típico de "ódio à primeira vista". Porém, mesmo sem se suportar os dois acabam se vendo muito mais do que gostariam porque são escolhidos para serem os padrinhos da filha dos seus melhores amigos, Sophie.

Juntos Pelo Acaso

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Logo depois do aniversário de 1 ano da menina, um acidente fatal deixa a menina órfã. E como último pedido, o casal de amigos pede para que Holly e Messer cuidem de Sophie. Um casal normal teria pelo menos 9 meses para se preparar, aprender os macetes mínimos para cuidar de um bebê. Holly e Messer mal tem tempo de ficar de luto pelos amigos que perderam e precisam preparar a primeira papinha.

Passada essa parte mais dramática, o resto é bem parecido com tudo o que você já viu. Holly é a garota responsável, que coloca a sua nova vida em prioridade, podendo até deixar a sua carreira para segundo plano. Messer é o mulherengo que só quer se divertir e não pensaria duas vezes em deixar Sophie para outras pessoas cuidarem. Porém, a amizade com os falecidos amigos os força a tentarem criar juntos a sua afilhada. Inexperientes, eles sofrem com a nova rotina, a escassez de sono e, principalmente, a falta de um manual de instruções de como lidar com aquele pequeno ser humano.

As situações "cômicas" passam pelas óbvias situações de peixe fora d'água (trocar a primeira fralda "recheada", colocar a criança no canguru, fechar o carrinho, etc.) e só não são piores porque as trigêmeas Alexis, Brynn e Brooke Clagett, que fazem a Sophie, são fofas a ponto de fazer bandido de faroeste se emocionar ao ouvir a pequena menina falando "mamãe" pela primeira vez ou dando os seus primeiros passos.

As obviedades passam também pela atuação. Ainda não é dessa vez, por exemplo, que Duhamel consegue provar se pode ou não atuar, afinal, Heigel é tão ou mais robótica que os Autobots que ajudaram a revelar o ator para Hollywood. Isso sem contar os vizinhos intrometidos e interesseiros - e desinteressantes.

O título original de Juntos Pelo Acaso é Life As We Know It, ou "A Vida Como a Conhecemos". Se honestidade vendesse, um título mais apropriado para as idas-e-vindas e cenas do aeroporto seria "A comédia romântica como já a vimos (tantas vezes)".

Nota do Crítico
Regular
Juntos pelo Acaso
Life As We Know It
Juntos pelo Acaso
Life As We Know It

Ano: 2010

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 114 min

Direção: Greg Berlanti

Roteiro: Ian Deitchman, Kristin Rusk Robinson

Elenco: Katherine Heigl, Josh Duhamel, Christina Hendricks, Josh Lucas, Jean Smart, Melissa McCarthy, Faizon Love, Majandra Delfino, Alexis Clagett, Hayes MacArthur, Johanna Jowett

Onde assistir:
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