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As Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian

Segundo filme da série é melhor do que o primeiro, mas ainda assim não empolga

29.05.2008, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H36

Existe um quase consenso de que As Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian (The Chronicles of Narnia: Prince Caspian, 2008) é melhor do que o filme que abriu a série, As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (2005). Para começar, o título é bem melhor, mais curto. Pena que não se pode dizer o mesmo da duração, que passou dos 125 minutos do primeiro episódio para as 2h24 dessa nova aventura. Outro ponto que pesa a favor é o fato dos quatro irmãos Pevensie não estarem mais sozinhos no centro das atenções. Entra em cena agora o Príncipe Cáspian do título, interpretado por Ben Barnes, vendido por aí como o novo galãzinho do momento.

Quando conhecemos Cáspian, sua vida encontra-se em perigo. Embora o príncipe telmarino de direito, ele vê sua coroa em risco quando um de seus conselheiros - e também seu tio - Lorde Miraz (Sergio Castellito) coloca em ação um golpe de estado. Na sua fuga, o jovem recebe de seu mentor a trompa mágica, que é utilizada para chamar os reis e rainhas da Era de Ouro de Nárnia: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia.

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian

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Para os quatro Pevensie, apenas um ano se passou e Londres ainda sofre com a Segunda Guerra Mundial e eles com saudade dos seus dias de realeza. Mas em um novo passe de mágica, a estação de metrô onde estavam se transforma na Nárnia que eles ajudaram a salvar na sua aventura anterior. Muita coisa, porém, mudou por lá. Entre a sua primeira passagem por aquela terra mágica e essa foram 1300 anos narnianos, o suficiente para que os cenários que eles conheceram tenham virado ruínas e as criaturas falantes quase entrado em extinção.

Embora obviamente use elementos do primeiro filme, Príncipe Cáspian quase funciona como uma história independente. Muito em conseqüência da enorme própria passagem de tempo, que realmente deixa pouco além de lembranças do que vimos anteriormente. E, verdade seja dita, isso é bom, pois dá à série um certo frescor e, como já foi destacado, diminui os holofotes jogados em cima dos atores que fazem os Pevensie, que continuam duros em seus papeís. O melhorzinho é o mais velho, William Moseley, o Pedro, que no início da trama tem uma disputa com Cáspian pela liderança do grupo que vai invadir o castelo e tirar do trono o tirano Miraz, autoproclamado novo Rei.

As batalhas, aliás, são mais uma vez um dos destaques positivos do projeto, ao lado dos animais. Na primeira delas, a invasão ao castelo, há toda uma estratégia envolvida, coisa digna dos bons filmes de espionagem. A outra, o clímax, é mais grandiosa, e mostra outro bom diferencial em relação ao seu antecessor: é bem menos parecida com outras adaptações de livros para o cinema.

Mas apesar de todas essas melhorias, existe algo na série que ainda não convence. Difícil dizer o que é, mas a impressão não é só minha. Ao contrário de outras grandes franquias que só vêem seus cofres cada vez mais cheios, o público que foi ver Príncipe Cáspian na sua estréia nos cinemas norte-americanos conseguiu ser inferior aos que se deslocaram para a abertura de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (56 milhões de dólares contra 65, se você quiser números). E assim o Reino de Nárnia continua sendo a Mônaco do cinema. É rica. É bonita. Mas a maior parte do tempo ninguém está nem aí para ela, com a única exceção sendo o fim de semana do grande prêmio de Fórmula 1 ou, no caso do filme, do fim de semana da estréia.

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