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Animal | Crítica

Animal

15.11.2001, às 01H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H12

Impressionante observar o que as pessoas fazem para alcançar algum sucesso. Egresso do programa de TV norte-americano Saturday Night Live, o comediante Rob Schneider se encaixava na categoria dos humoristas de língua afiada, de piada ligeira, assim como os seus ex-pares de tela. E tinha lá a sua graça, os seus bordões consagrados. Mas como o programa também serve para alavancar carreiras no cinema, Schneider enxergou a possibilidade de seguir os passos de Eddie Murphy, Billy Cristal, Chevy Chase e tantos outros.

Depois de atuar como coadjuvante em filmes tão diversos como Esqueceram de Mim 2 (Home Alone 2, de Chris Columbus, 1992) e O Demolidor (Demolition Man, de Marco Brambilla, 1993), o humorista começou a galgar degraus mais altos. A fama, porém, também tem um preço alto. Além das tiradas engraçadas, Schneider precisou suar a camisa - nada agrada mais o público do besteirol do que a comédia física, absurda. Em Gigolô por Acidente (Deuce Bigalow: Male Gigolo, de Mike Mitchell, 1999), por exemplo, precisou dar boas piruetas e contracenar com algumas moças bem obesas. Mas nada que se compare à sua performance em Animal (The Animal, 2001), o primeiro longa-metragem do diretor Luke Greenfield.

 

Schneider interpreta Marvin Mage, um sujeito que não ostenta o tamanho indispensável à realização do seu sonho - se tornar policial. Pior, o seu carro perde o rumo numa estrada e desaba numa ribanceira. Um certo Dr. Wilder (Michael Caton) recolhe Mage dos escombros e o conduz ao seu estranho laboratório. A fim de salvar a vida do rapaz, Wilder implanta nele vários órgãos retirados de animais. Daí, com o fôlego de um cavalo, a percepção de um cachorro e a simpatia de um golfinho, Mage vira um super-tira. Precisa, porém, controlar corretamente os seus novos instintos selvagens. Claro, não deixa de ter graça a historinha. É bem fácil cair na gargalhada quando Schneider se esforça para pular e abocanhar um frisbie ou se estica para coçar as orelhas com os pés. Fica fácil rir da desgraça do ator, da sua busca por algum sucesso.

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