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Alma Perdida

Terror põe em dúvida a competência do roteirista e diretor David Goyer

MH
19.03.2009, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H45

Produtor de sucesso, co-roteirista dos três Blade e dos dois recentes Batman, David S. Goyer prova mais uma vez - agora com Alma Perdida (The Unborn, 2009) - que o negócio dele não é direção. Aliás, o filme é tão mal ajambrado que coloca em dúvida até seu dom como roteirista, já que ele responde sozinho pelo script do terror (ao contrário dos Batman escritos a várias mãos).

Na trama, Casey Bell (Odette Yustman, a Beth de Cloverfield, uma Megan Fox mais canastrona) já começa a ter visões sinistras com um moleque pálido de olhos azuis logo no primeiro minuto. Quando surgem cães de cabeça ao contrário e insetos dentro de ovos de galinha, ela percebe que alguma coisa está errada - e, como toda vítima de suspense sobrenatural, se torna detetive em tempo integral e parte para vasculhar o passado.

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As descobertas de Casey remontam a experiências nazistas na Segunda Guerra Mundial e envolvem gêmeos e espíritos demoníacos. O nome de Gary Oldman em evidência no material de divulgação do filme pode enganar; o personagem dele cai do céu no terceiro ato do filme e dá a Alma Perdida uma cara de O Exorcista (comparação que, sob qualquer ângulo, só faz o filme de Goyer parecer pior).

A entrada de Oldman no fim do segundo tempo de jogo é sinal não só da falta de capricho com que o diretor e roteirista estrutura o filme (qualquer manual de roteiro pede que não se apresente personagens-chave depois do segundo ato), como também da arbitrariedade com que situações vão se enumerando. A naturalidade com que o pai de Casey conta para ela um segredo de família importante é de deixar qualquer um perplexo.

Em filmes assim, parece que ninguém sabe nada sobre a vida de ninguém, nem sobre a própria, e é só aparecer um perigo do além para todo mundo correr atrás do RG existencial perdido. "Doutor, este fantasma está me atormentando. Sim, fiz exames. Como? Sou soropositiva, herdeira do trono inglês e tenho um irmão gêmeo? Eu não sabia!"

Piadas à parte, a premissa era interessante. Num subgênero marcado por traumas psicológicos, Goyer escolheu dar ao trauma uma manifestação física sutil, o olho de Casey que vai mudando de cor ao longo do filme. As leituras dessa premissa (só o sincretismo exorciza o mal do nazismo?) também são interessantes. E Goyer tem um bom achado visual, o reflexo da contraluz na lente que forma um filete azul parecido com o azul dos olhos dos personagens. São qualidades pontuais, porém. A má execução e as redundâncias do texto matam o filme.

Assista à entrevista com a atriz Odette Yustman e o diretor David Goyer

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